segunda-feira, 10 de março de 2014

Déficit Habitacional nos Municípios do Noroeste Fluminense

Os dados são da pesquisa Déficit Habitacional Municipal no Brasil 2010, da Fundação João Pinheiro, em parceria com o Ministério das Cidades, a partir dos números do Censo 2010. O estudo, que pela primeira vez analisou todas as cidades do país, apontou déficit de 6,940 milhões de unidades, sendo 85% na área urbana. Para os pesquisadores, o conceito de déficit não significa falta de casas, mas sim más condições, o que inclui desde moradias precárias até aluguéis altos demais.

Na pesquisa da Fundação João Pinheiro, quatro componentes somados formam o cálculo do déficit habitacional. São eles: domicílios precários, isto é, os improvisados (imóvel comercial, pontes, viadutos) e rústicos (palha e madeira aproveitada); coabitação familiar, quando há mais de uma família por domicílio; ônus excessivo com aluguel urbano, quando a família tem renda de até três salários mínimos e gasta 30% ou mais com aluguel; e ainda o adensamento excessivo de domicílios alugados, que se caracteriza quando há acima de três moradores por dormitório.

A inadequação de domicílios - falta de água, de banheiro, de saneamento - não faz parte do cálculo do déficit. Coordenadora da pesquisa, Adriana Ribeiro explica que “para os domicílios enquadrados em algum critério de déficit não se investiga a inadequação. Partimos do pressuposto de que, resolvendo o déficit, inadequações estarão sanadas”.

O déficit habitacional relativo - aquele que compara o déficit habitacional ao total de domicílios do local analisado - no Noroeste Fluminense (7,75%) ficou abaixo do déficit no Estado do Rio (9,81%), tendo em Miracema, conforme o gráfico abaixo, o maior déficit relativo da região (8,99%).



De acordo com a tabela abaixo, Miracema apresenta, depois de Itaperuna que tem população mais de três vezes maior, os maiores déficits habitacionais para os domicílios com rendimento acima de seis salários mínimos.



O blog foi em busca das informações referentes ao déficit habitacional no Noroeste Fluminense após matéria publicada no O Globo deste domingo (link para O Globo). Inclusive os três primeiros parágrafos desta postagem são da referida matéria do O Globo.

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