terça-feira, 19 de julho de 2011

REMANESCENTES DA MATA ATLÂNTICA NO NOROESTE – 2009

De acordo com a tabela abaixo (extraída do Plano de Desenvolvimento Sustentável do Noroeste do Estado do Rio de Janeiro – Análise Situacional 1ª Parte), as porcentagens de remanescentes da Mata Atlântica nos municípios do Noroeste em 2009 eram:

Região Nororeste fluminense, porcentagens de remanescentes florestais

Fonte: INPE/SOS Mata Atlântica (2009)

(Nota: a tabela acima foi retificada em 18/10/2012 para corrigir erro na linha relativa ao NOF, última linha da tabela)

Segundo o INPE/SOS Mata Atlântica (2009) a taxa de remanescentes florestais no Noroeste fluminense era 4,57%. Laje do Muriaé detém a maior taxa de remanescentes da Mata Atântica na região (9,50%). Varre-Sai e Miracema vêm em seguida com, respectivamente, 9,25% e 9% de seus territórios preservados em Mata.

A Tabela seguinte, também extraída do Plano, indica a área sugerida para reflorestamento a partir da implantação de corredores ecológicos em cada um dos municípios da região Noroeste fluminense, de acordo com a metodologia adotada pelo CIDE. Mais detalhes podem ser vistos no Plano, cujo link foi disponibilizado no primeiro parágrafo desta postagem.

Região Noroeste fluminense, área sugerida para reflorestamento (com
viabilidade ambiental e econômica)
Fonte: CIDE (2003)

Miracema, apesar de ter apresentado uma das melhores taxas de remanescentes florestais (9%), foi o município com maior área proporcionalmente ao tamanho de seu território (14,63%) , e a segunda nominalmente (4.410,18 ha), em que há sugestão de maior reflorestamento, em relação aos demais municípios do Noroeste.

A seguir, o subitem 2.4 do capítulo 2 – Meio Ambiente - do referido Plano:

2.4 Fragmentos Florestais

Região Noroeste

A Região Noroeste teve sua cobertura vegetal intensamente alterada, principalmente pela exploração desenfreada das terras para fins agropecuários. Nessa Região, os fragmentos são pequenos e dispersos, e não garantem a conservação ambiental já que sofrem intensos efeitos de borda.O progressivo ressecamento ocasionado pela remoção da cobertura vegetal original é um dos problemas ambientais mais significantes da Região. Segundo Bergallo et al. (2009) a ausência da vegetação de Mata Atlântica também aumenta o risco de erosão, agravado pela ocupação antiga, contínua e sem manejo adequado por atividades agropecuárias. Os municípios que apresentam maior estoque de áreas a preservar nessa região são Cambuci, Porciúncula, Natividade, Varre-Sai e Miracema. Segundo Coelho Netto et al. (2008), o tamanho médio dos fragmentos florestais localizados no Noroeste Fluminense varia de 18 ha no Médio Muriaé (região de Itaperuna e São José de Ubá) a 32 ha na Bacia do rio Carangola (Porciúncula e Natividade) e a distância média entre eles varia de 227 m., no Alto Itabapoana (próximo a Varre-Sai) a 488 m. no Médio Muriaé. A região do Médio Muriaé e Médio Itabapoana constitui-se basicamente por colinas e planícies fluviais, de forma que os pastos de baixa produtividade compõem praticamente a única formação existente, com pequenas áreas de floresta nas proximidades de alguns divisores de água, encontrando-se altamente degradadas.

As partes baixas das bacias dos rios Pomba e Muriaé apresentam conectividade ecológica reduzida, com poucos fragmentos florestais e predomínio de pastagens e agricultura, geralmente sobre forte pressão de incêndios e derrubadas. Na região que envolve os municípios de Natividade, Porciúncula e Varre-Sai predomina o relevo montanhoso, fator preponderante na ocorrência de trechos com fragmentos mais próximos. Esses fragmentos possuem alto índice de importância para a conservação da biodiversidade, pois devido à sua proximidade há uma potencialidade para a criação de corredores. Outro trecho que apresenta fragmentos florestais importantes está situado entre os municípios de Lages do Muriaé, Miracema e Cambuci. Nos trechos montanhosos dessa região, os fragmentos se encontram em melhor estado de conservação e apresentam boa propensão para conectividade.

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